quinta-feira, 28 de abril de 2011

Um prédio, Einstein e um Pensamento Particular

~Tem um prédio em BH que passo em frente todos os dias. Um prédio comum, uso misto, pequeno, sem nenhum adereço especial ou chamativo. Não é bonito. Não é feio. Mais ainda assim, por algum motivo qualquer, todas as vezes que olho pra ele, ele também olha pra mim.

Uma coisa que me deixa sempre bem confusa é pensar sobre o Tempo e a forma peculiar que ele ocorre. Einstein nos explica como o tempo é relativo e diz que o tempo é "Uma ilusão. A distinção entre passado, presente e futuro não passa de uma firme e persistente ilusão." Penso nessa questão e questiono sobre a simultaneidade de todos esses determinados tempos. Passando por essa teoria ele diz que poderiamos ver nosso passado (para maiores entendimentos basta Googlar sobre Teoria da Relatividade. Ou busca sobre "Tempo" no wikipédia... também funciona... enfim..) , então me pergunto "Se posso ver sobre meu passado o que garante que meu futuro não se comunique comigo de alguma forma peculiar e totalmente pessoal??
Tempo é sempre algo que perco muito tempo pensando sobre.
Penso no tempo de uma forma linear, plana, curva e volumétrica ao mesmo tempo. As vezes penso sobre ele da mesma forma que as ondas surgem quando um objeto qualquer toca a superfície lisa da água. Tempo pra mim sempre é relativo (Os gregos também pensavam no tempo de duas formas distintas.. eles separaram por Chronos e Kairos - sendo um cronológico e o outro "indeterminado", mostrando que eles ja haviam notado que o tempo pode ser uma questão pessoal)..Internamente o transformo em espaço (espaço esse que, na minha cabeça, represento na forma de luz). Divido esses espectros de luz em diversas formas de tempo (tanto um tempo imaginário/pessoal/indeterminado - o Kairos, quanto num tempo relacionado à questões - acho que posso falar assim - físicas - O Chronos).
Imaginando um corpo sobre a Terra, e representando  o tempo como luz, teria a luz pelo deslocamento do corpo sobre a Terra "física", sobre a Terra "temporal" (pessoal e fisicamente), a luz da Terra se deslocando ao redor do Sol, se unindo à luz do deslocamento dela dentro da Via Láctea, dentro da Galáxia aliada ao movimento da própria Galáxia nesse indefinido que temos.

 - N.A.: Cara, eu penso tanto sobre isso e de uma forma tão confusa que eu nem sei como chego nesse ponto.. Caso algum dia me ver andando na rua e me comprimentar e eu ignorar completamente, pode ter certeza que não foi por falta de educação.. é porque eu estou totalmente distraida e perdida nesses meus pensamentos variados -

Pra ficar um pouco mais claro, seria basicamente luzes assim que eu veria:

Diversas, em todos os sentidos, de todas as formas... Mas que quando afastasse beeeem a câmera, por algum motivo enxergo uma linha que, por não saber que movimento a Galáxia está fazendo, não sei definir por linear ou curvo.. Mas novamente, por algum motivo qualquer, acho que é curvo.
Fico pensando se o fato desse prédio (aquele, do primeiro parágrafo) qualquer me chamar tanta atenção tem alguma relação com essas questões temporais. As vezes sendo meu futuro dialogando com meu estado presente de alguma forma. Ou se isso é só uma loucura qualquer da minha cabeça baseada em psicóses comuns do ser humano...
De qualquer forma que seja.. Eu moraria nesse prédio.

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Beije a Moça ~ A Pequena Sereia

domingo, 24 de abril de 2011

Peripécias da Vida

A vida é uma grande peripécia.

~ A menina ontem chorava por um motivo qualquer. Hoje se diverte comendo chocolate.

A vida é totalmente passageira.
A vida é uma grande peripécia.



O amor vem escrito numa lata de canecas,
quando tomamos um chá de hortelã.
Vejo a vida em cores em gotas de aquarela
E amanha
vou sentir você aqui
mesmo sabendo que você não vem.
Amanhã tudo vai ser diferente
E no hoje/amanhã eu vou mudar também
me lembrando que na verdade
Tudo é passageiro
E tudo é igual.
Sempre uma coisa só.


Acho que não aguentei esperar pelo próximo desvio e, durante muito tempo na vida, segui na contra-mão achando que era a rua certa pra virar. Não soube pegar a saída correta.
Nunca entendi (e acho que nem vou entender algum dia) a forma como essa grande via funciona.
Cansada de tanto ser pega de surpresa nesses caminhos tortuosos, resolvi estar preparada para qualquer mudança brusca e passei a reparar em todos que estão a minha volta criando todas as possibilidades que conseguir.
Algo totalmente bossal e inútil, eu sei. E algo me diz que quanto mais possibilidades eu conseguir pensar, pior vai ser a que Murph vai pensar pra mim. Mais ele não é o único sagaz aqui e eu também to ficando mais atenda pras inúmeras opções.
Resolvi adotar uma tática evasiva: Qualquer coisa, vire a esquerda!
Mas caso ocorra o pior e eu acabe sendo capturada por essa armadilha maldita que Murph anda criando em torno de mim: 'NÃO ENTRE EM PÂNICO!' Para qualquer dúvida, sempre há respostas universais a serem dadas enquanto você tenta a tática evasiva2 e procura uma toalha:


~ Eu não vi. Tava escuro!
~ Meu corpo me traiu!

É seguro! Pode tentar! Confia em miiim! Eu sei o que eu to fazendo!

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Opening Night ~ Motion City Soundtrack

sábado, 16 de abril de 2011

Interno

Querendo ou não a gente é um bicho bem estranho e não tem como fingir que não.
Já perdi inúmeras horas de meus dias pensando em coisas que não aconteceram. Criando histórias e vidas inteiras com pessoas que vi durante alguns segundos na rua. Já me imaginei morando com artistas e cozinhando pr'aquele cara que vi no ônibus. Na verdade eu pensei desde o momento que o conheceria até o dia que estaria cozinhando. Pensei na música, no prato que faria, no que a gente estaria bebendo e nas conversas que estariamos rindo. Comecei a rir de verdade dentro do ônibus de uma piada que ele teria me contado. Algo sobre as azeitonas. Ele notou e olhou pra mim. Enrubesci.
Certa vez uma mulher trombou em mim na rua e depois, dentro do banco, notei que ela estava a minha frente. Criei histórias inteiras da vida dela e da forma inútil como ela corre para ficar na minha frente no banco. Como se fosse de propósito. É claro que eu sei que ela fez isso friamente calculado. Ou você acha que ela correria se não fosse eu a pessoa a ficar na frente dela? Óbvio, ela foi pagar umas 50 contas.
Uma mulher foi grossa comigo dentro de uma loja de roupas... Algo sobre minha bolsa ter esbarrado nela. Fisicamente, contorci minhas feições tentando disfarçar que, internamente, eu fazia um arremeso de luta greco-romana nela. Derrubei ela no chão e comecei a socar. Socar no chão pode.. eu li isso na revista outro dia. O que não pode é dar chutes... Ignorei completamente as regras do MMA... Chutei ela também! Antes que alguma pessoa reparasse na minha face retorcida, respirei fundo, mexi o nariz como se algo me incomodasse e retornei com a face lisa. Tudo em menos de um segundo, claro. Seres humanos são todos ninjas.
E como são ninjas. Disfarço a vergonha alheia que sinto fingindo que não é comigo... epa.. mais realmente não é comigo... É, bem... todo ninja tem suas fraquezas também. A minha é não saber a arte do "disfaaarça colega!". - Elisa, olha aquela pessoa estranha ali discretamente.. -*vira-bruscamente-achando-que-está-super-discreta* Qual? Aquela ali????
É bem... Eu me esforço.. Comecei a melhorar esse meu lado, mais ainda é uma arte desconhecida para mim. Assim como a arte de escutar pessoas falando baixo... Ou de fazer leitura labial... Ou entender uma letra mal escrita... Ou escrever reto em papel sem pauta... Ou correr... Ou conseguir apresentar bem um trabalho em sala de aula.... É... enfim... quem quer ser um ninja mesmo?! Pelo menos minha comida é boa... ....

..........NOOT!

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The Time (Dirty Bit) ~ The Black Eyed Peas